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Desafios dos Gestores da Qualidade e Adaptação das Empresas às Novas Exigências e Considerações sobre Mudanças Climáticas nas Normas de Sistemas de Gestão da Qualidade ISO9001.

Em fevereiro de 2024, a International Accreditation Forum (IAF) e a International Organization for Standardization (ISO) emitiram um comunicado conjunto anunciando a publicação de emendas que incorporam considerações sobre mudanças climáticas em 31 normas de sistemas de gestão. Essa iniciativa visa fortalecer o papel das empresas na mitigação e adaptação às mudanças climáticas, integrando esses aspectos em seus sistemas de gestão existentes. No Brasil por intermédio da ABNT publicou o documento DC-0622_24 – Mudanças Climáticas explicando melhor sobre o assunto.

Desafios para os Gestores da Qualidade

Compreensão das Mudanças Climáticas: Os gestores da qualidade precisam ter um entendimento abrangente das mudanças climáticas e seus impactos potenciais nas operações da empresa. Isso inclui a identificação de riscos e oportunidades relacionados ao clima, bem como o conhecimento das regulamentações e legislações relevantes. Os processos de implementação de sistema de gestão devem considerar os projetos e planejamento urbano das regiões, quais estão inseridos, assim como a comunicação com os órgãos locais. Devemos destacar que será mais recorrente, por meio do efeito das mudanças climáticas o aumento do nível do mar, e avanço das costas litorâneas, regiões com períodos de seca mais intensa, maior quantidade de chuvas, deslizamentos e obviamente deterioração, das barreiras de contenção e estruturas existentes.

Integração nas Normas de Sistemas de Gestão: As emendas exigem que as empresas considerem as mudanças climáticas como um fator relevante ao contexto da organização e às necessidades das partes interessadas. Isso significa integrar esses aspectos em seus sistemas de gestão existentes, como ISO 9001, ISO 14001 e ISO 45001. Os efeitos das mudanças climáticas, podem também exigir mudanças em estudos laboratoriais, considerando como determinados produtos ou estruturas se comportam em decorrência do aumento da temperatura, assim como demais particularidades do processo.

Avaliação e Mitigação de Riscos: Os gestores da qualidade devem avaliar os riscos relacionados às mudanças climáticas para suas empresas e desenvolver planos para mitigá-los. Isso pode incluir medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, aumentar a eficiência energética e implementar medidas de adaptação aos impactos físicos das mudanças climáticas.

Ainda que estejamos diante de uma nova abordagem para os sistemas de gestão, que tem impacto nos processos devemos considerar que temos impactos em vidas humanas, e também o aspecto da saúde organizacional. De acordo com a CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras), a tragédia no estado gaúcho é o maior sinistro já enfrentado pelo setor no país em decorrência de um evento único e pode até superar os R$ 7,5 bilhões pagos em seguros de vida durante a pandemia. Quando pensamos no seguro temos o aspecto patrimonial e sua relação com a saúde organizacional, considerando toda estrutura do negócio, tal qual a necessidade de considerar o seguro de vida para os colaboradores, assim como possíveis condições para realização de atividades remotas, reestruturação de quadros e juridicamente considerar possíveis impactos de tragédias climáticas nos contratos comerciais.

Comunicação e Engajamento: É crucial comunicar os riscos e oportunidades relacionados às mudanças climáticas para as partes interessadas relevantes, incluindo funcionários, clientes, fornecedores e a comunidade. O engajamento com essas partes interessadas pode ajudar a identificar novas oportunidades e fortalecer a resiliência da empresa às mudanças climáticas.

As mudanças climáticas têm impacto, mas seus aspectos podem ser identificados nos comportamentos sociais, e claro, nas missões organizacionais. É importante que seja considerada parte da cultura corporativa os impactos de suas atividades, junto ao meio ambiente. É fundamental que a comunicação com os órgãos públicos sejam divulgadas, assim como os ensaios de segurança, se tornem cultura, além de exigência normativa. A comunicação efetiva pode salvar vidas, nem tão somente reduzir custos financeiros.

Adaptação das Empresas às Novas Exigências

Atualização das Normas de Sistemas de Gestão: As organizações, precisam trazer para nível gerencial, e considerar cultura, através das normas de sistemas de a necessidade de entendimento, e novas exigências relacionadas às mudanças climáticas. Isso pode envolver a revisão de políticas, procedimentos e práticas para garantir que os riscos climáticos sejam adequadamente gerenciados.

Considerar os riscos, estudar causas, mitigar danos, pode ser um passo importante para saúde dos negócios e um passo fundamental, para garantia da segurança dos colaboradores.

Desenvolvimento de Competências: Comunicar, conscientizar e treinar, trazer para cultura organizacional a necessidade de investimento na capacitação dos funcionários para que compreendam as mudanças climáticas e seus impactos na empresa, pode ser uma vantagem competitiva. E importante que sejam acionadas consultorias e a SantaISO, está atenta a estas necessidades, oferecendo soluções estratégicas, e acompanhamento necessário.

Cultura de Sustentabilidade: As empresas precisam fomentar uma cultura de sustentabilidade que valorize a gestão dos riscos climáticos e as oportunidades de desenvolvimento sustentável. Isso pode envolver a definição de metas ambiciosas de redução de emissões, a implementação de práticas sustentáveis em toda a cadeia de valor e a promoção da responsabilidade ambiental entre os funcionários.

E importante atentarmos aos conceitos de logística reversa e neste cenário também se faz importante, o entendimento das necessidades de planejamento para Governança Ambiental, Social e Corporativa, através de projetos de implantação de medidas e avaliações.

Considerações sobre Mudanças Climáticas nas Normas de Sistemas de Gestão

As emendas incorporam as seguintes considerações sobre mudanças climáticas nas normas de sistemas de gestão

Contexto da Organização: As empresas devem determinar se as mudanças climáticas são um fator relevante para o seu contexto e, em caso afirmativo, considerá-las ao definir seus objetivos e estratégias.

E recomendável que sejam observados relatórios de ESG (Governança social, ambiental e corporativa). É muito comum identificarmos indicares para o consumo de recursos naturais, e considerar a utilização destes recursos em políticas, contexto, mas é importante que saibamos que o momento é de prevenção, e necessidade de comunicação rápida e efetiva. Aqui as empresas que adotaram a SWOT como ferramenta de análise de cenário podem incluir a análise das questões climáticas e trabalhar as ações.

Necessidades e Expectativas das Partes Interessadas: As empresas devem identificar as necessidades e expectativas das partes interessadas relacionadas às mudanças climáticas e incorporá-las em seus sistemas de gestão, a comunicação e a cultura, deve ser compartilhada, assim como integrada, considerando os riscos, inerentes aos efeitos climáticos, através de análises de experiências recentes, deixando clara a responsabilidade de todos, sobre os aspectos geram impactos, e tem potencial de tragédias climáticas.

Avaliação de Riscos: As empresas devem avaliar os riscos relacionados às mudanças climáticas, considerando a segurança e saúde organizacional, assim como a cultura de prevenção e comunicação. O plano de negócio de uma organização. Quais são as ações que devemos tomar, nos casos de paralisação temporária das atividades? Como inserir a cultura preventiva, também nos contratos comerciais? Como podemos comunicar de forma efetiva e salvar vidas, acionando os órgãos públicos? O que a estrutura organizacional proporciona para segurança em seus planos de evacuação?

Então, os gestores precisam buscar conhecimento da empresa nessas questões para citar em seus documentos lembrando que as certificadoras ainda não vão pedir atendimento mas é preciso através dessa nota mundial começar a atender pensando no futuro próximo.

A SantalSO oferece serviços de consultoria e orientações soluções práticas, e desenvolve parceria sustentáveis, para que projetos de implementação, auditoria, treinamento e consultoria de Sistemas de Gestão, sejam viáveis e acredita no impacto da educação e benefício da cultura organizacional. Respeitar o meio ambiente, oferecer soluções sustentáveis e proteger vidas, também é parte de nossa missão.

Diana Candida empresária, mãe, rotariana, amante e estudiosa de história da arte. Ela é sócia fundadora da SantaISO Tecnologia e Gestão de Processos Ltda, uma empresa de consultoria, auditoria e treinamentos em normas ABNT e INMETRO, que opera desde 3 de janeiro de 2013. Com uma vasta experiência na indústria desde 1990 e, a partir dos anos 2000, na gestão da qualidade, Diana tem se destacado na implementação das Normas ABNT e INMETRO.
Sua trajetória profissional é marcada por uma sólida formação. Iniciou sua carreira como Modeladora Industrial pelo CAP-SENAI, de 1990 a 1992, e graduou-se em Tecnologia Industrial pela UNIABC em 2010. É também bacharel em Direito e atualmente está cursando Administração de Empresas na Universidade Anhanguera. Em 2011, concluiu sua pós-graduação em Petróleo e Gás no Instituto Mauá de Tecnologia.
Diana possui uma ampla experiência como Auditora Líder em diversas normas e realizou inúmeros treinamentos na área da qualidade, o que complementa sua já extensa experiência profissional. Ao longo de sua carreira, liderou atendimentos a mais de 310 empresas exclusivamente na área da qualidade até a data de publicação deste livro.
Sua atuação como instrutora no Programa na Rede BR Distribuidora de SMS e Sustentabilidade, e como consultora na implementação da ISO 9001 nas subprefeituras de São Paulo e em grandes empresas como a Ipiranga Produtos do Petróleo e Verallia, são alguns dos destaques de sua carreira. Além disso, Diana realizou auditorias de sustentabilidade em fóruns de Brasília e em grandes marcas de empresas sediadas no Brasil, e treinou mais de 1000 alunos pela SantaISO Academy.
É co-autora no livro Quais de mim você procura? 50 mães empreendedoras e do Livro: A morte chegou para fazer auditoria.

Quer saber mais? Visite nossos sites
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